Em uma manhã clara de maio de 2025, na Bradenton Beach, Flórida, uma família de Michigan passeava à beira-mar. Entre conchas, a filha mais velha, Josie (11 anos), detectou algo fora do comum: uma garrafa de vidro, semi-enterrada na areia. Ao lado, sua mãe, Paris Hoisington (31), reuniu os filhos ao redor.

Dentro do vidro, um recado e dois passageiros de papel — origamis de pássaro — aguardavam os olhos curiosos da menina. O bilhete dizia:

“Olá, pessoas que encontraram isto, vocês ficarão felizes por terem achado. Por quê? Porque vão me conhecer através deste número.”

No papel, um número de telefone e a data de lançamento: Havaí, 2018. A mais de 7 000 km de distância.

Paris enviou uma mensagem ao número, e do outro lado respondeu um jovem que lançara a garrafa junto com sua irmã sete anos antes. Desde então, trocam relatos regulares — um vínculo inesperado forjado pelo acaso.

Especialistas consultados explicam: a viagem da garrafa, embora improvável, é possível. A corrente do Golfo, furacões e até a passagem pelo Canal do Panamá podem ter guiado seu trajeto. Bob Harrigan, meteorologista da ABC‑7 News, destacou que:

“Ela teria que ter passado pelo Canal do Panamá. Apesar de muito improvável, é possível que a garrafa tenha ficado presa no casco de algum navio…”

Outros pesquisadores sugerem que uma tempestade, talvez um furacão, poderia ter lançado a garrafa no Caribe. Dali, ela seguiu pela corrente do Golfo até o Golfo do México — até cruzar a areia da Flórida.